Inteligência artificial no meio industrial: o exemplo da Secil
Outro tópico abordado neste painel por Ricardo Carvalho relacionou-se com os vários desafios que a Inteligência Artificial, aplicada à indústria, coloca. Além da I.A. Generativa, que cria conteúdo, grande parte das aplicações de I.A. na indústria utilizam outro tipo de algoritmos, desde machine learning, deep learning, entre outras. Na opinião do diretor digital da Secil, esta é, provavelmente, a maior onda de oportunidades que existe nos últimos 20 anos desde a Internet. No entanto, “para implementar essas aplicações de I.A. existem algumas dificuldades que o meio industrial tem de ultrapassar. O Grupo Semapa tem instalações industriais com equipamento recente, mas também algumas com 100 anos, como a Fábrica da Maceira-Liz. O grande desafio é conseguirmos forma de que os dados já existentes nas fábricas sejam utilizados pela Inteligência Artificial e integrados num sistema contíguo, tornando-se muito mais fácil escalar de uma instalação para a outra”.
Atualmente, a Secil já tem várias atividades que integram Inteligência Artificial Generativa e Não Generativa. Ricardo Carvalho refere que “um exemplo interessante é aquilo que estamos a fazer no negócio do betão. Temos modelos preditivos desde a central do betão até à chegada em obra para obtermos dados relativos à viscosidade, o que nos permite que o produto final seja, cada vez mais, de melhor qualidade”.
Por último, o diretor digital da Secil não deixou ainda de frisar a necessidade de aumentar a literacia no campo da I.A. para, por um lado, reduzir o receio de que esta seja sentida como uma ameaça e, em simultâneo. Por outro, para que os colaboradores se sintam bem preparados e, no futuro, possam ser mais produtivos e competitivos recorrendo às ferramentas que a I.A. disponibiliza.